Vícios de linguagem de programação

Você conhece as expressões “acabamento final”, “elo de ligação”, “subir para cima”, “metades iguais”, “protagonista principal”, entre outras?
É o chamado pleonasmo, uma redundância em uma expressão que pode ser uma figura de linguagem (ou seja, o autor quer enfatizar alguma coisa ou ser irônico) ou um vício de linguagem.
Mas se temos um pleonasmo em um código-fonte, dificilmente isso foi feito propositalmente. Vamos ver um exemplo “clássico” disso. Vejam o código abaixo.
var lista = new List<string>();
// preenche a lista...ou não
bool existencia = lista.Count > 0;
if (existencia == true)
{
// faz alguma coisa...
}

Veja o conteúdo do condicional: existencia == true. Mas o tipo da variável existencia já não é um bool? E no final das contas, um resultado do tipo bool não é o que define a expressão que fica no condicional if? Sendo assim, o código poderia ser reescrito simplesmente como:
var lista = new List<string>();
// preenche a lista...ou não
bool existencia = lista.Count > 0;
if (existencia)
{
// faz alguma coisa...
}

Não existe a necessida de comparar o conteúdo da variável existencia com a constante true. Fazê-lo é uma redundância totalmente desnecessária.

Fica a “conclusão final” do post: sempre estejam atentos às repetições no código que não agregam nenhum valor. Procurem sempre deixar o código o mais enxuto possível, sem prejudicar a clareza. Maior quantidade de linhas de código não é critério de qualidade ou produtividade! Evitem o pleonasmo na hora de programar.

[]’s

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